sexta-feira, março 25, 2011

NAMORADO DE ALUGUEL

POR LETÍCIA VIDICA

Certo dia, parada no semáforo vi passar em minha frente um carro escrito ‘Marido de Aluguel. Fazemos todo o serviço que o seu marido se nega’. Achei bem sugestivo aquilo. Confesso que quase anotei o telefone, será que eles, além de consertar lâmpadas e afins, também supriam carência?

Depois daquilo, cheguei a uma conclusão de que deveriam existir os namorados de aluguel também. Afinal de contas, há dias na vida de uma mulher solteira que a gente quer ter um namorado né? Não é todo dia que a solidão é um barato.

E aquele domingo chuvoso era um daqueles dias em que um namorado de aluguel cairia bem. Eu bem que olhei a minha agenda mas não tinha o número de ninguém que eu pudesse ligar. Se os namorados de aluguel existissem, eu contrataria um aquele dia.

Nem tanto pelo sexo, mas pela companhia. Era um domingo perfeito para ficar no sofá debaixo da coberta, assistindo a um DVD, falando bobagens da vida, dividindo um brigadeiro de colher. Ou ir a um cinema. Simplesmente um belo dia para ter alguém. E eu? Não tinha ninguém.

Tive de apelar para as amigas. Afim de curar a nossa solidão, fomos ao cinema pegar uma sessãozinha básica.

- Gente, mas me nego em ver comédias românticas hein? Se não vou cometer um suicídio em plena sessão. – eu alertava.

- Ai, para de ser boba, Diana. Você tem a nós! – me abraçava a Lili.

- A última coisa que quero é ainda acharem que somos lésbicas. Olha a nossa volta. Só tem casalzinho!!

- E você queria o quê para um domingo à tarde, Diana?

A Betina estava certa. Acho que eu não tinha escolhido bem o meu passeio. O negócio seria encontrar o tal namorado de aluguel.

***

Apesar do cineminha e da companhia das meninas, a solidão não tinha passado e mais um domingo chuvoso e cruel tinha chegado. Eu tinha que partir para o plano B. Resolvi dar uma espiada na minha agenda. Hmmm...Marcos? Não, me deu um bolo da última vez não merece minha companhia. Jorge? Ah, me esqueci, casou. Claudio? Hmmm...quem é Claudio mesmo?

Como vi que a agenda estava desatualizadissima, resolvi apelar para o mundo virtual. Entrei no MSN. Alguém interessante deveria estar on line né? Para minha surpresa e espanto, o único ser masculino on line era o Pierre. Eu não queria falar e nem apelar para ele, mas a coisa devia estar tão feia para ele também que ele rapidamente começou a conversar comigo. Disse que estava de bobeira, que os amigos tinham ido viajar e, como ele estava duro, acabou ficando em São Paulo. Foi aí que minha boca grande o convidou para vir até minha casa.

Em menos de uma hora, ele estava lá. A gente já tinha terminado o namoro há mais de um ano, mas entre idas e vindas, ainda conseguíamos manter uma amizade.

- Como sempre você caiu do céu, Diana!

- Te salvei do buraco negro da solidão? Ou fui a única e última opção para este domingo?

- Nem vou responder, né, Diana? – dizia ele me apertando o braço e me deixando vermelha – Trouxe uns filmes para gente assistir.

- Boa pedida. E o que acha de uma pipoquinha de microondas?

- Topo, mas só se você assistir ao filme embaixo do edredon comigo. – propunha ele.
Percebi naquele momento que não só eu precisava de um namorado de aluguel, como ele também precisava de uma namorada. Resolvi ceder a tentação e assistimos ao filme comendo pipoca, embaixo do edredon e, sem perceber, estávamos abraçadinhos. Quando o filme acabou, Pierre me flagrou chorando.

- Você não muda mesmo né, Diana? Sempre chorona.

- Ai, como eu odeio você. Você me conhece demais! – eu dizia rindo e chorando.

- Infelizmente, esse é um privilégio que não é para todos. Mas você fica linda quando chora.

Nos olhamos. Eu um pouco sem graça e ele me lançou aquele olhar 43 que me derretia por dentro. Enxugou minhas lágrimas e me deu um selinho.

- Por que a vida não pode ser um filme, hein? – perguntei.

- Eu não sei. – respondia ele.

Nos abraçamos novamente e ficamos muito, mas muito, muito tempo abraçados sem dizer nada. Aquele silêncio e aquele abraço estavam preenchendo toda a minha solidão.

- Diana, tá ficando tarde. Acho que eu vou embora.

- Adorei a companhia.

- Quando precisar, é só chamar.

Nos beijamos e ele foi embora. Aquele tinha sido um domingo perfeito. Sem perceber, o meu ex namorado tinha virado um namorado de aluguel. Coisas da vida né? Mas decidi que teria que batalhar para arrumar um de verdade. Não seria legal apelar para ele para todo o sempre. Mas, para todo caso, se a moradia fixa não aparecesse logo, eu ia ter que continuar de inquilina de alguém e que fosse dele né? Por isso resolvi não deletar o telefone desse proprietário de uma vez.

PAPO DE CALCINHA: VOCÊ TEM UM(A) NAMORADO (A) DE ALUGUEL?

7 comentários:

Anônimo disse...

é acho que to precisando de um rsrsrsrsrsrss

Anônimo disse...

hummm se voce nao esta feliz com voce mesma, como podera estar feliz com outra pessoa ?

acho que vale apena refletir nao e ? ;)

Anônimo disse...

haaa como eu gostaria de ter um pra me dar prazer na hora que eu queresse ia ser otimo sem compromiso serio otimo e ia ser muito prazeroso

Anônimo disse...

casada carente, solteira feliz, ninguem esta bem o tempo todo

Unknown disse...

eu me candidataria a Um Namorado DeAluguel, Com test driver gratis Rs

ps.: Não Sou Feio Rs

Unknown disse...

eu me candidataria a Um Namorado DeAluguel, Com test driver gratis Rs

ps.: Não Sou Feio Rs

Anônimo disse...

Ele mim pediu em namoro por mensagem o que eu faço?